quinta-feira, 22 de agosto de 2013

Tártaro - um problema além da boca



Muitos pacientes chegam ao consultório com diversos problemas e um dos que mais vemos e não se dá a atenção devida é o tártaro. Muitos proprietários não ligam para a saúde bucal de seus cães ou gatos e só procuram o veterinário quando o problema já está bem avançado, causando mau cheiro, dor e sangramentos.
Assim como nós, os animais também possuem em sua boca uma flora bacteriana, estas bactérias são as responsáveis pela formação da placa bacteriana, que ao longo do tempo sofrem o processo de mineralização e formam o que visualizamos: o tártaro. A raça, a idade e a dieta influenciam diretamente nesse processo de formação do tártaro. Muito comum de se ver animais de raças pequenas, com idade avançada e que não se alimentam só de ração, apresentando grande quantidade de tártaro.
Este acúmulo gera um ambiente propício para o desenvolvimento exacerbado das bactérias orais. Como o número destas aumenta muito, o número de substâncias tóxicas produzidas por seu metabolismo também cresce na mesma proporção e daí surgem as Periodontopatias: Gengivite e Periodontite.
O sinal mais comum é o mau hálito. A fermentação causada pelas bactérias pode causar um odor muito forte e desagradável que será logo notado pelo proprietário. Em doenças mais avançadas o animal pode deixar de se alimentar, brincar e ficar triste por causa da dor.


O problema não é somente estético. O problema é que essas bactérias podem migrar para o sangue e são levadas até outros órgãos. Os órgãos mais afetados são o coração, rins e fígado, podendo levar a sérios problemas no futuro.
Evite prolongar a permanência dessas bactérias na boca do seu cão ou do seu gato. Dê uma olhada na boca do seu amigo pois quanto mais tempo ele ficar com essas bactérias pior pra ele no futuro. Existem estudos que apontam as bactérias do tártaro como as mais frequentes aceleradoras da insuficiência renal e cardíaca em cães.



A limpeza é feita de maneira simples e rápida, com o uso de ultrassom e de anestesia inalatória, a forma mais segura de se realizar o procedimento. Cada caso é um caso, vale consultar o veterinário para saber sobre o procedimento.
Consultório Veterinário Doutor Fiel: 3217-2637