A
raiva é uma doença classificada como zoonose, ou seja, uma doença contagiosa
que pode afetar animais (mamíferos) e o homem. A transmissão do vírus causador
da doença é feito atráves da saliva de um animal doente ao morder outro animal
ou uma pessoa. Animais que não são portadores do vírus não transmitem a doença.
O
animal com raiva pode ter mudança de comportamento, se escondendo, tornando-se
agressivo, salivar muito e ter paralisia. Nem todo animal que baba muito tem
raiva! Animais doentes começam a babar muito devido a paralisia de músculos
responsáveis pela deglutição, o que impossibilita o animal de engolir essa
saliva.
Em
humanos os sinais clínicos são bem parecidos com os sinais dos animais. Na
natureza um dos maiores transmissores da raiva é o morcego hematófago (que se
alimenta de sangue).
A
raiva é uma doença fatal, sem cura e devemos ter um controle rigoroso, através
da vacinação. Em 2009 foi noticiado o primeiro caso de cura da raiva no Brasil,
mas isso foi um caso isolado e muito raro.
A
raiva pode ocorrer em qualquer época do ano, por isso é bom manter seu animal
com a vacinação em dia.
Muitos
podem achar que a doença está extinta, mas a seguir mostramos uma matéria publicada no site do IBAMA divulgando mais um caso de raiva humana no Brasil e mais uma forma de transmissão da doença:
Caso de raiva humana no Piauí: alerta para o risco da criação de animais silvestres em cativeiro |
Segundo relato dos técnicos da saúde, a vítima tinha o hábito de capturar esses animais para amansá-los e, posteriormente, vendê-los como de estimação para as pessoas da cidade. O paciente procurou o atendimento antirrábico somente cerca de 20 dias após a mordedura, já com sinais de dor e parestesia no braço direito, agravando-se, dias depois, para um quadro neurológico irreversível.
O fato serve de alerta para todas as pessoas, pois o vírus rábico é circulante nas populações de mamíferos silvestres livres, especialmente, nas de morcegos, canídeos e primatas. Além dos riscos à saúde, é crime, segundo a legislação brasileira, matar, perseguir, caçar, apanhar, utilizar espécimes da fauna silvestre, nativos ou em rota migratória, sem a devida permissão, licença ou autorização da autoridade competente.
Ascom Ibama/PI Foto: Guilherme Destro - Ibama |
Vale lembrar que cada caso é um caso, procure sempre um veterinário.