quarta-feira, 24 de abril de 2013

Cuidado com a Raiva - vacine


A raiva é uma doença classificada como zoonose, ou seja, uma doença contagiosa que pode afetar animais (mamíferos) e o homem. A transmissão do vírus causador da doença é feito atráves da saliva de um animal doente ao morder outro animal ou uma pessoa. Animais que não são portadores do vírus não transmitem a doença.
O animal com raiva pode ter mudança de comportamento, se escondendo, tornando-se agressivo, salivar muito e ter paralisia. Nem todo animal que baba muito tem raiva! Animais doentes começam a babar muito devido a paralisia de músculos responsáveis pela deglutição, o que impossibilita o animal de engolir essa saliva.
Em humanos os sinais clínicos são bem parecidos com os sinais dos animais. Na natureza um dos maiores transmissores da raiva é o morcego hematófago (que se alimenta de sangue).
A raiva é uma doença fatal, sem cura e devemos ter um controle rigoroso, através da vacinação. Em 2009 foi noticiado o primeiro caso de cura da raiva no Brasil, mas isso foi um caso isolado e muito raro.
A raiva pode ocorrer em qualquer época do ano, por isso é bom manter seu animal com a vacinação em dia.
Muitos podem achar que a doença está extinta, mas a seguir mostramos uma matéria publicada no site do IBAMA divulgando mais um caso de raiva humana no Brasil e mais uma forma de transmissão da doença:



Caso de raiva humana no Piauí: alerta para o risco da criação de animais silvestres em cativeiro

Teresina (02/04/2013) - A Secretaria Municipal deSaúde de Parnaíba, região do litoral piauiense, registrou um óbito humano pelo vírus da raiva no mês passado. A vítima foi um homem de 32 anos de idade, mordido no dedo da mão por um sagui(Callithrix sp). Atendendo a solicitação da Secretaria de Saúde, veterinários do Centro de Triagem de Animais Silvestres do Ibama no Piauí estiveram no local para orientar a população sobre os riscos de transmissão das zoonoses, quando da captura e criação ilegal de espécimes silvestres.

Segundo relato dos técnicos da saúde, a vítima tinha o hábito de capturar esses animais para amansá-los e, posteriormente, vendê-los como de estimação para as pessoas da cidade. O paciente procurou o atendimento antirrábico somente cerca de 20 dias após a mordedura, já com sinais de dor e parestesia no braço direito, agravando-se, dias depois, para um quadro neurológico irreversível.
O fato serve de alerta para todas as pessoas, pois o vírus rábico é circulante nas populações de mamíferos silvestres livres, especialmente, nas de morcegos, canídeos e primatas. Além dos riscos à saúde, é crime, segundo a legislação brasileira, matar, perseguir, caçar, apanhar, utilizar espécimes da fauna silvestre, nativos ou em rota migratória, sem a devida permissão, licença ou autorização da autoridade competente.

Ascom Ibama/PI
Foto: Guilherme Destro - Ibama

Vale lembrar que cada caso é um caso, procure sempre um veterinário.

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